Eu, técnico em radiologia, que
trabalho com tomografia computadorizada há mais de 8 anos, por ironia do
destino não percebi (talvez pela “mania de saúde” do meu pai) que dentro
daquele chefe de família exemplar, crescia um monstro, o adenocarcinoma de
pâncreas. Um câncer covarde, que ataca “pelas costas”, sem deixar que a vítima
se quer tenha tempo de se defender.
Trabalho na clínica onde meu
pai foi examinado, e recebi do destino a missão de carregar o maldito segredo
de que meu “véio” teria apenas seis meses de vida, escondi de minha mãe, minhas
irmãs e do meu próprio pai (o quanto eu pude) que o mesmo estava condenado.
Tentamos de tudo, exames encaixados as pressas, biópsias, cirurgias, ajuda de
várias equipes médicas, e em apenas 20 dias, devido a várias crises convulsivas
(várias delas nos braços da minha mãe) e várias paradas respiratórias, meu pai
não suportou. Deixou-nos, mas com a missão de um HOMEM DE FAMÍLIA cumprida, nos
criou e deu muito amor à minha “veia”.
Perdi literalmente um pedaço
de mim, e NADA ABSOLUTAMENTE NADA apagará esta dor, por isso, em lágrimas e
olhando a foto de meu pai, peço a vocês que aproveitem seus pais enquanto eles
estão vivos, e façam exames regularmente e em caso de qualquer sintoma,
PROCUREM UM MÉDICO.
Continuarei tocando o trabalho
no Blog, tentando cada dia melhorar, em homenagem a você meu MELHOR AMIGO –
MANOEL FRANCISCO DA SILVA.
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