segunda-feira, 18 de maio de 2009

Pesquisadores avançam na leitura mental através da Ressonância


Será que um dia as imagens de ressonância magnética se tornarão imagens de leitura mental? A tecnologia de imagens por ressonância magnética funcional pode dizer o que as pessoas estão pensando com precisão surpreendente, segundo um novo estudo.

Os pesquisadores mostraram a voluntários dois padrões visuais diferentes e depois pediram a eles que pensassem em um deles. Usando exames cerebrais de ressonância magnética funcional, os pesquisadores previram - com precisão superior a 80% - quais dos dois padrões cada pessoa mantinha ativamente na memória 11 segundos depois.

Medindo o fluxo sangüíneo, as imagens de ressonância funcional revelam quais grupos de neurônios estão ativos. Alguns neurônios do córtex visual estão mais associados a padrões visuais verticais, e outros a padrões horizontais ou inclinados, explicou o neurocientista Frank Tong da Universidade Vanderbilt, que liderou o estudo. Essa distinção permitiu à equipe prever quais padrões os voluntários tinham em mente, mesmo muito tempo depois das imagens terem sido removidas da tela.

"Descobrimos aqui que as partes visuais do cérebro, as envolvidas na visão, também estão envolvidas no ato de se lembrar ativamente de alguma coisa", disse Tong. "Isso nunca foi demonstrado antes. O que pode estar acontecendo é a manutenção de uma representação do que acabamos de ver através de leves níveis de atividade no córtex visual."

Stephenie Harrison, estudante de pós-graduação e primeira autora do estudo, explicou, "usando uma técnica de decodificação neural, fomos capazes de ler o que as pessoas mantinham em sua memória visual. Acreditamos que essa informação visual prolongada pode ser útil quando as pessoas precisam desempenhar atividades visuais complexas na vida cotidiana."

A pesquisa de Harrison e Tong foi publicada online na Nature.

Evidência muito convincente
Uma pesquisa de uma área do córtex visual primário chamada V1 sugere que a região desempenha funções complexas, como concentração de atenção, independentemente de outras regiões cerebrais, de acordo com Henry Rusinek, radiologista da Escola de Medicina da Universidade de Nova York.

O córtex visual primário recebe o sinal visual dos olhos e então o envia a uma central de áreas visuais superiores.

Rusinek disse que o estudo era uma "evidência muito convincente de que a rede V1 - a poucos neurônios de distância dos olhos - possui uma memória de curto prazo".

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/

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